segunda-feira, 2 de abril de 2012

Cidadão

André De Campos


O cidadão na cidade, já perdeu sua identidade, no meio de tanta diversidade, sobrevive com muita dificuldade, não vê chegar sua idade, passou o tempo com velocidade, há muito foi-se a mocidade, só permanece a saudade.


O cidadão na cidade, trabalha duro o dia inteiro, não vive, vegeta, não raciocina, tudo em nome do dinheiro, horário a cumprir, metas a atingir, não há tempo para sorrir, nem sequer se despedir, está obstinado a progredir.


O cidadão na cidade, convive com a desonestidade, que alimenta a imoralidade, amiga da impunidade, vizinha da marginalidade, que alimenta a maldade, que tanto se vê na sociedade.


O cidadão na cidade, logo fica doente, é trânsito, violência, correria do dia-dia, concreto, asfalto, poluição, indivíduos sem educação, só aumenta o caos e a confusão.


O cidadão na cidade, quase não consegue respirar, não tem tempo pra admirar, o que de belo pode ter, quase não percebe o que acontece, quando vê já anoitece, mais um dia pra esquecer.


O cidadão na cidade, muitas vezes é mais um, perdido, atordoado, olhando por todos os lados, tentando se encontrar, tudo está a sua volta e nada está no mesmo lugar.